11/12/2025
Resumo: O texto propõe uma reflexão psicanalítica sobre o encerramento de ciclos, especialmente no fim do ano, compreendendo esse momento como oportunidade de interiorização e elaboração subjetiva. A partir de referências freudianas acerca do inconsciente, da repetição e da não transparência do sujeito a si mesmo, discute-se que a verdadeira mudança não nasce de metas ou promessas, mas da capacidade de reconhecer os próprios impedimentos, excessos e silêncios. O final do ano é apresentado como um tempo em que a “sombra”, composta por culpas, inseguranças e desejos não realizados, torna-se mais visível, convidando à escuta e não à repressão. O texto defende que substituir a autocrítica punitiva por curiosidade analítica permite compreender a lógica psíquica subjacente às repetições, abrindo espaço para transformações mais autênticas. Conclui-se que a virada significativa não ocorre no calendário, mas no sujeito que se permite escutar-se e elaborar sua própria história.
Palavras-Chave: Psicanálise; Inconsciente; Repetição; Elaboração; Ciclos de vida; Autoconhecimento; Transformação subjetiva.
Artigo publicado para Coluna Jornal O Dia - Rio de Janeiro em Dezembro de 2025. Artigo aprovado pelo comitê científico pela EBPF no dia 09/12/2025. Texto escrito por Dr. Richard Munhoz.